Thursday, 22 January 2009

L'Enfant de la Haute Mer





1. Le jour, la nuit, la nuit, le jour, les nuages et les poissons volants. Aujourd'hui, comme tous les matins, je suis allée ouvrir les volets de la ville.
2. Et comme tous les soirs, une heure avant le coucher du soleil, je les ai refermés. Si seulement j'avais un peu de neige de la montagne. Le jour passerait plus vite.
3. Aujourd'hui j'ai cru entendre un bruit, mais c'était le bruit de la mer.

-§-

1. O dia, a noite, a noite, o dia, as nuvens e os peixes voadores. Hoje, como todas as manhãs, fui abrir as gelosias da cidade.
2. E como todas as noites, uma hora antes do pôr-do-sol, eu fechei-as. Se pelo menos tivesse um pouco de neve da montanha. Os dias passavam mais depressa.
3. Hoje pensei ter ouvido um barulho, mas era o barulho do mar.


Poesia em movimento.

Tuesday, 20 January 2009

Aspiração


"Por vezes parece que as coisas serão assim: tu tens tal tarefa a cumprir, dispões de tantas forças quantas são necessárias para a levar a bom termo, com bastante tempo teu e boa vontade para o trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da imensa tarefa?
Não percas tempo a procurá-lo, talvez não exista."
Franz Kafka
(...)
- Para onde vais?
- Com sorte! Em frente.

Friday, 16 January 2009

Como explicar a poesia




"...quando explicamos a poesia ela torna-se banal. Melhor do que qualquer explicação é a experiência directa das emoções que a poesia revela a uma alma predisposta a compreendê-la."
'Il Postino' (O Carteiro de Pablo Neruda) de Michael Radford.

Quando tentei a explicação de que a poesia de uma música que tinha tocado não dava para explicar, não me lembrei desta passagem do filme. Na altura dava jeito. Não gosto de rodeios. Sinto-me iletrado. Tenho de ler ainda mais.

Friday, 9 January 2009