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O mundo é um templo de colunas vivas que deixam sair palavras confusas. Florestas de símbolos com olhos complacentes observam o humano que por ali transita. Em ondas longas de ecos que se vislumbram à distância por uma tenebrosa e profunda unidade, a vasta noite de imensa claridade cheia de lua, com sons partilhados, gostos e cheiros de arte mutuamente sintonizam a intimidade proibida, estranha. Trás o dia perfumes frescos verde folha, inocentes pele de menina com macios de oboé e outros há, sabidos, triunfantes e corruptos. Contendo em expansão quimeras infinitas como a música, a arte, a metáfora, a curiosidade exacerbada e a visão partilhada que celebram o espírito transeunte dos sentidos. Enseada de formas, age anónima às palavras que nunca te direi. És um fresco impossível de amar mas para onde a vida corre e sem cessar se age como o ar no céu e o mar no mar.